quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

GML e os softwares

O GML é o padrão definido pela OGC para dados geográficos vetoriais. É extremamente flexível, o que dificulta um pouco a leitura e escrita neste formato. Isso significa que um determinado usuário pode definir uma estrutura de dados geográficos extremamente complexa e o software terá que entender essa estrutura para ler. Por isso alguns softwares do mercado estão se saindo melhores do que outros.
Um GML costuma ser acompanhado de um arquivo XSD que deve ficar disponibilizado em endereços definidos dentro do arquivo. Esse arquivo pode ser entendido como o arquivo de estrutura do GML, chamado de Schema. É nele que ficam previstas quais classes serão representadas e quais atributos cada classe tem. Portanto, para ler um GML muitos softwares solicitam o arquivo XSD. Dessa forma o software pode ler a estrutura para então saber como funciona aquele arquivo que você está pedindo para abrir. Alguns softwares preferem não ler o XSD e tentar reconhecer padrões no arquivo.
Dessa forma eis o resumo do que alguns softwares conseguem fazer:
  1. ArcGIS: Implementa o Data Interoperability Connection, que é um módulo do FME que consegue ler o GML mas exige que se tenha o XSD.
  2. MapServer, QGIS (Aplicativos GDAL/OGR): Implementam leitores que reconhecem os padrões. A partir da versão 1.8 da GDAL estes softwares receberam uma implementação muito mais detalhada de leitura e escrita, permitindo ler quase todas as complexidades que o padrão pode utilizar.
  3. FME: Existem três opções de escrita no FME. 1. Utilizar o Schema do FME 2. Utilizar o Schema do ArcGIS 3. Utilizar um Schema externo. Ao utilizar um Schema (XSD) externo o usuário corre o risco de encontrar diversas dificuldades. Nos forums do FME eles recomendam que a saída do processamento seja corrigida à posteriori utilizando XSLT, XQuery ou XFMap.Basicamente significa pegar todos os erros que o FME cometeu e consertar através de regras definidas nos padrões citados. Na leitura o FME é bastante flexível (como sempre), reconhecendo o Schema gravado dentro do GML e procurando-o na internet.
  4. OpenJump: Implementa a leitura através do Schema. Também possui um Schema próprio, chamado Jump GML.
  5. gvSIG: Ainda a testar
  6. GeoServer: Ainda a testar
Ainda existem diversos softwares que conseguem compreender GML, mas estes eu considerei os principais. Agradeço qualquer contribuição.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Postgis Raster Plugin para QGIS

Iniciando a série de matérias sobre o Postgis Raster (anteriormente chamado wktRaster), primeiramente, descreverei o plugin chamado wktRaster.
Este plugin está disponível no repositório de contribuições do Quantum GIS. O objetivo dele é carregar uma camada PostgisRaster. Foi escrito em uma parceria por mim e pelo César (também aqui do blog) durante um artigo que o César estava escrevendo. A interface do plugin é simples e prática, conforme pode ser visto abaixo.

O usuário deve atentar à caixa "Reading mode". Ao carregar um arquivo no Postgis ele pode ficar de duas formas:
  • Inteiro em uma linha
  • Dividido em recortes menores
A opção padrão é ler um arquivo inteiro em uma linha. A segunda opção lê o arquivo por pedaços. A terceira opção ignora completamente o nome da tabela e lê o banco de dados completamente.

Em breve, terminarei de escrever a matéria sobre como instalar o Postgis Raster no Ubuntu.